O romance Capitães da Areia é uma obra de Jorge Amado muito presente nas listas de obras obrigatórias dos vestibulares.
A primeira publicação da obra se deu em 1937, fazendo parte das obras da fase de Romance de 30. Na obra, o autor conta a história de um grupo de meninos menores de idade que vivem em situação de rua.
Os garotos crescem soltos nas ruas de Salvador, capital da Bahia, onde se ambienta o enredo. Desse modo, os chamados “capitães da areia” sobrevivem em um velho trapiche realizando pequenos roubos para conseguir alimento.
Através dessa história, Jorge Amado faz uma crítica à desigualdade social, sem deixar de lado a ambivalência na existência dos garotos. Desse modo, o autor aborda tanto as atitudes violentas dos garotos quanto a sua inocência. Assim, Jorge Amado traz à tona o sentimento das personagens, repletos de desejos e sentimentos ingênuos, comuns a crianças.
A história tem certa linearidade, mas se direciona de acordo com o destino das personagens principais. São elas: Pedro Bala, líder do grupo, Boa-Vida, Pirulito, Professor, Sem Pernas, Gato, Volta-Seca, João Grande. Há também Dora, única menina que os garotos aceitaram no bando.
Além disso, outras personagens secundárias, como Querido-de-Deus e Pe José Pedro, por exemplo, também aparecem no romance.
A obra é narrada em 3ª pessoa, por um narrador onisciente (sabe tudo o que se a), e é dividida em três partes. São elas: “Sob a lua, num velho trapiche abandonado”, “Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos” e, por fim, “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”.
O livro Capitães da Areia ganhou uma adaptação em filme com título homônimo. O filme de Cecília Amado é uma ótima opção para aqueles que desejam conhecer melhor a obra. Clique aqui para ver o trailer.
Sobre o autor
Jorge Amado nasceu em Itabuna (BA) em 1912 e faleceu em Salvador em 2001. É um dos escritores brasileiros mais famosos de todos os tempos. Assim, seus livros foram traduzidos para muitas línguas.
Jorge Amado publicou ao todo 49 obras. Entre suas obras de maior destaque figuram “O país do carnaval” (1930), “Suor” (1934), “Mar Morto” (1936), “Capitães da areia” (1937), “Gabriela, cravo e canela” (1958), “A morte e a morte de Quincas Berro d’Água” (1961), “Dona Flor e seus dois maridos” (1966) e “Tieta do agreste” (1977).
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