Todos nós sabemos que a sociologia é uma disciplina extremamente importante para os estudantes que querem alcançar um bom desempenho em um vestibular ou na prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio. Isso porque, essas provas abordam com frequência questões sobre diferentes tópicos da sociologia, com um destaque para o pensamento dos principais sociólogos e suas principais correntes.
Dentre as correntes mais cobradas pelas provas, podemos mencionar o Positivismo, criado no século XIX por Auguste Comte (1798-1857). O movimento positivista é frequentemente abordado por questões de sociologia.
Assim, para que você consiga alcançar um bom desempenho nas suas provas, o artigo de hoje separou um resumo completo sobre o Positivismo. Vamos conferir!
O que é o Positivismo?
Como mencionamos, o termo “Positivismo” é usado para denominar um movimento filosófico, político e sociológico que surgiu na França, durante o século XIX. Essa corrente da sociologia enfatizava a importância da ciência como forma de conhecimento objetivo e afirmava que o conhecimento científico poderia ser usado para analisar a sociedade.
Auguste Comte, considerado o “pai da sociologia”, é o principal nome da corrente positivista. Comte defendia a supremacia do conhecimento científico e o uso do mesmo para alcançar o possível progresso da humanidade. Em sua obra o “Curso de Filosofia Positiva”, escrita entre 1830 e 1842, Comte postula as principais características do Positivismo enquanto corrente sociológica.
Quando surgiu o Positivismo?
A corrente positivista foi criada no no século XIX, após o declínio do Iluminismo, em um contexto marcado pela expansão das consequências da Primeira Revolução Industrial e pelo início da Segunda Revolução Industrial.
Com as melhoras nas condições de vida dos trabalhadores, a Europa da época ou a enfrentar com um imenso crescimento demográfico, que causou a superpopulação das cidades e muitas crises sociais. A França, em especial, vivia um período conturbado e marcado por revoltas, movimentos populares e revoluções, como a Revolução de 1830 e a Revolução de 1848, conhecida como Primavera dos Povos.
Dessa forma, para buscar compreender esse período de bruscas transformações políticas e sociais, os pensadores tentaram elaborar um método novo que permitisse uma análise fiel das comunidades da época. Auguste Comte propôs, dessa maneira, o uso da teoria positivista e da Sociologia, ciência elaborada por ele, para compreender as modificações, as modernizações e os avanços.
Principais características do Positivismo
O pensamento positivista pregava a ideia de que a humanidade estivesse em constante progresso durante todas as suas fases históricas. Nesse sentido, o progresso deveria sempre ser reforçado pelos homens e, principalmente, pela Sociologia, denominada de “Ciência Positiva”.
Além disso, Auguste Comte afirmava que o progresso da humanidade poderia ser dividido em três grandes estágios. Essa teoria ficaria conhecida como “Lei dos 3 Estados” e afirmava a existência de 3 etapas diferentes que caracterizavam o progresso humano:
- Estado Teológico: o primeiro Estado é o Estado Teológico. Nele, o ser humano buscava explicações para os fenômenos naturais na religião e nas superstições. Esse estágio era considerado “inferior” e era utilizado para caracterizar períodos como a Grécia Antiga;
- Estado Metafísico: no segundo Estado, denominado de Metafísico, os seres humanos buscariam explicações para diversos eventos em entidades abstratas;
- Estado Positivo: o Estado Positivo seria o último estágio do progresso da humanidade e a busca por essa fase deveria ser constante. Segundo Comte, os homens poderiam atingir o Estado Positivo somente por meio do predomínio da ciência e dos métodos científicos.
Por fim, também devemos dizer que o Positivismo propunha uma metodologia baseada na observação e na experimentação. Assim, tudo aquilo que não pode ser cientificamente completo é considerado incorreto/inexistente.
O Positivismo no Brasil
Devemos mencionar também que o Positivismo chegou ao Brasil no final do século XIX, quando o país vivia a República da Espada. E é justamente devido à influência positivista que os militares inseriram o lema “ordem e progresso” na bandeira brasileira.
