Sabe aquela moeda de 1 real que você nunca prestou muita atenção, e que está guardada na sua gaveta? Saiba que existe a possibilidade de ganhar muito dinheiro com este item. Alguns deles podem ser vendidos por mais de R$ 500.
Ao menos é isso o que dizem os catálogos numismáticos mais atualizados. De acordo com especialistas na área, o Brasil conta atualmente com dezenas de milhares de moedas raras em circulação no comércio neste exato momento.
Algumas delas, aliás, podem estar na sua casa agora. A boa notícia é que você não precisa ser especialista na área para identificar a peça valiosa. Basta prestar atenção aos detalhes para ter mais chances de encontrar o exemplar.
As moedas de 1 real
As moedas de 1 real da segunda família são muito conhecidas entre os colecionadores. Especialmente a peça de 2005 é uma das mais queridas entre todos os brasileiros.
Para ajudar a identificar o item verdadeiro sem maiores problemas, listamos abaixo um grupo com as principais características do exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC);
- Material: cuproníquel+alpaca
- Diâmetro: 27,0 mm
- Massa: 7,84 g
- Espessura: 1,95 mm
- Bordo: serrilhado interm.
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie da República à direita do núcleo prateado e transando para o anel dourado, constituindo elemento de segurança da moeda. No anel dourado, referência às raízes étnicas brasileiras, representada pelo grafismo encontrado em cerâmicas indígenas de origem marajoara, e a legenda Brasil.
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Os valores das moedas
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, as moedas de 1 real de 2005 podem ser vendidas por R$ 500, caso contem com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Na imagem abaixo, você pode conferir os valores projetados para estas moedas, de acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.