O Senado Federal deu sinal verde para a ampliação das cotas raciais em concursos públicos, e as mudanças já têm data para começar a valer.
A novidade anima quem sonha com uma vaga no serviço público e espera ver mais representatividade nos quadros federais.
Na quarta-feira (7), os senadores aprovaram a prorrogação por mais 10 anos a política de cotas para candidatos negros em concursos públicos.
Mas não foi só isso: o percentual reservado subiu de 20% para 30% e, pela primeira vez, a reserva também irá atender indígenas e quilombolas. Para esses dois grupos, o percentual específico ainda depende de regulamentação.
Como vai funcionar a mudança
A nova regra será aplicada sempre que um concurso público oferecer duas ou mais vagas. Quando o número de vagas for fracionado, a divisão seguirá uma regra simples:
- Arredondamento para cima quando o valor for igual ou superior a 0,5
- Arredondamento para baixo nos demais casos
A lei também estabelece que serão considerados negros os candidatos que se autodeclararem e apresentarem características físicas compatíveis com o reconhecimento social como pessoa negra.
Além da autodeclaração, os concursos deverão adotar um processo de confirmação complementar, com critérios claros.. A lei exige:
- Regras padronizadas em todo o país
- Participação de especialistas no processo
- Avaliação com base em características regionais
- Direito a recurso
- Decisão unânime do colegiado responsável em caso de contestação da autodeclaração
Repercussão
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, comemorou a aprovação nas redes sociais:
“Estamos muito felizes que o Senado Federal acabou de aprovar o PL de cotas no serviço público. Conseguimos uma vitória importantíssima, que é aumentar de 20% para 30% as vagas reservadas para pessoas negras, e também vamos incluir agora indígenas e quilombolas”, destacou.
O impacto no Concurso Nacional Unificado 2025
A nova política de cotas já será aplicada no CNU 2025, que oferecerá 3.352 vagas de níveis médio e superior, distribuídas entre 35 órgãos e autarquias federais, organizados em nove blocos temáticos.
Abaixo, você pode conferir o cronograma oficial do certame:
- Contratação da banca organizadora: até junho/2025
- Lançamento do edital e início das inscrições: julho/2025
- Prova objetiva: 5 de outubro/2025 (à tarde)
- Prova discursiva (para os habilitados): 7 de dezembro/2025
- Resultado final: fevereiro/2026
Agora, você pode conferir alguns dos principais destaques sobre as vagas oferecidas no CNU deste ano:
- Ministério da Gestão e Inovação (MGI): 1.676 vagas para cargos como analista técnico-istrativo, assistente social e médico
- Ministério da Saúde (RJ): 315 vagas no Inca, INC e Into para enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos
- Agências Reguladoras: vagas para especialistas e técnicos (níveis médio e superior)
- Comandos Militares e Hospital das Forças Armadas: mais de 500 vagas nas áreas de Saúde, Tecnologia e Pesquisa
- Cultura e Tecnologia: oportunidades na Fundaj, Iphan e ITI para técnicos, pesquisadores e analistas em Ciência e Tecnologia
Dicas para estudar antes do edital
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- Comece pelos conhecimentos gerais
Se você ainda não tem uma base sólida, o ideal é iniciar pelos temas mais amplos e comuns a todos os blocos. Esses conteúdos tendem a se repetir entre edições.
- Use a primeira prova como referência
Analisar a estrutura e os assuntos cobrados na edição anterior ajuda a identificar padrões e focar nos temas mais prováveis. - Evite mergulhar nos conteúdos específicos agora
Assuntos técnicos exigem mais tempo e direcionamento. Como o edital ainda não foi publicado, o ideal é deixar essa etapa para depois, quando houver mais clareza. - Foque nos temas praticamente certos
Alguns assuntos têm grandes chances de aparecer novamente:- Direitos humanos
- Políticas públicas
- Ética no serviço público
- istração pública
- Democracia
- istração financeira e orçamentária
- Não ignore a redação
O tema nem sempre é atual. Pode envolver política pública, democracia ou algum aspecto da realidade brasileira, então é bom praticar com temas variados. - Inclua disciplinas recorrentes na rotina
Temas como realidade brasileira, diversidade, política mundial e sustentabilidade apareceram em diversas provas da edição ada, e devem continuar.