O que te faz não entrar na numismática? Para muita gente, a decisão de não se tornar um colecionador tem a ver com a ideia de que você precisa ser um profissional para conseguir ganhar dinheiro.
De fato, os olhos de um profissional na área da numismática já são naturalmente treinados para encontrar moedas raras. Mas isso não significa que você também não possa identificar estes itens com segurança.
É o que acontece, por exemplo, com as moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real. Em alguns casos específicos, estas peças podem contar com um defeito raro. Os itens podem ser vendidos por muito dinheiro no final das contas.
As moedas de 10 centavos
As moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real são muito conhecidas do grande público. Mas em muitos casos, os pequenos detalhes am despercebidos, e isso pode ser um erro para quem deseja entrar no mundo da numismática.
Para ajudar neste processo de identificação, listamos abaixo um grupo com as principais características do exemplar tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Centtral (BC):
- Material: bronze sobre aço
- Diâmetro: 20,0 mm
- Massa: 4,80 g
- Espessura: 2,23 mm
- Bordo: serrilhado
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie de D. Pedro I – proclamador da Independência, primeiro imperador do Brasil -, ladeada pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da independência política do País, ocorrida em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, às margens do ribeirão Ipiranga.
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Barão do Rio Branco
Como visto na lista acima, é possível notar que esta peça conta com a representação do Barão de Rio Branco. Em toda a sua biografia, ele atuou em várias profissões, mas ganhou notoriedade nacional como Ministro das Relações Exteriores do Brasil, onde permaneceu entre 1902 e 1912.
Durante a sua gestão, ele conseguiu incorporar 900 mil km ao território brasileiro sem necessidade de conflitos armados. Em toda a sua trajetória política, ele ficou conhecido como um homem que rejeitava cenários bélicos, e acreditava que tudo poderia ser resolvido na base do diálogo.
Os valores das moedas
Mas afinal de contas, como identificar o erro valioso? A característica que estamos citando neste artigo é conhecida no meio da numismática como PEDRO DUPLO.
Como o próprio termo já indica, trata-se de uma duplicação justamente na palavra Pedro. A dica para conseguir identificar esse erro é comparar as moedas de 5 centavos que você tem em casa.
Se alguma delas se mostrar diferente, pode significar que ela é valiosa. Os valores projetados variam a depender do ano. Veja na imagem abaixo:
Como descobrir se moedas são valiosas?
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.